Existe um momento na vida, entre a infância e a velhice, que a vida se torna um turbilhão de emoções, se torna uma gangorra, um vai e vem da maré...quase nos perdemos neste ir e vir. Sou capaz até de comparar com a oscilação de humor de quem sofre de TBP (transtorno Bipolar)...em um dia vc tá lá, levando a sua vida, achando que está tudo em ordem, calmo, você tá feliz, ali, tranquilinho...e quando vc menos espera cai uma tempestade na sua vida, bem no meio do seu dia (ou da sua noite), e com ela abre-se um buraco no chão e você desmorona dentro. Você cai e vai...igual ao buraco na árvore da Alice no filme “Alice no país das maravilhas”. A diferença é que você está caindo em uma escuridão nada maravilhosa...êta experiênciazinha horrorosa...e sabe o que é pior? Sair desse buraco é tão difícil...mas ainda tem pior...saber que quando vc sair, e menos esperar...Tcham...você pode cair de novo...putz...daí ferrou de vez, né?!
Alguns podem pensar: “ não ferrou de vez não...você já sabe como é e vai tirar de letra...”, e sabe o que acontece? Você não tira de letra e o buraco parece mais escuro e mais fundo do que o outro...daí sim ferrou de vez...
Mas como tudo na vida pode ser pior...imagine você dentro deste buraco e ainda por cima com um monte de gralhas e hienas em volta de você...aí sim, você se ferrou de vez...
Nesse momento é tentar se concentrar (por mais difícil que isso pareça), respirar, tentar manter a calma (depois de mais ou menos um 100 exercícios de relaxamento) e berrar para todo mundo ouvir. Berrar o quê? O que você estiver sentindo, mesmo que seja sem nexo para os outros, o que vale é o nexo para você. Neste momento precisamos ser egoístas, narcisistas, e fazer com que o mundo gire ao redor do nosso umbigo...”Ah!”, vocês vão dizer, “não é assim...”, e eu respondo: “É sim, quem mandou cair aquela tempestade na nossa cabeça, além de estar no fundo do poço ainda temos que pensar nos outros?”
Gente, até a mais santa das santas, com certeza, teve um dia de fundo de poço e narcisimo...ah, mas aí pega o motivo da tal tempestade; às vezes ocasionadas por nós mesmos, outras por terceiros, quartos, sei lá quantos vão entrar na história, a única coisa em comum é que para sair do buraco é um só personagem da história...Eu, Você, Ele, sei lá, a única coisa que sei é que é o personagem principal naquele momento (mesmo que antes tenha sido coadjuvante).
Assim é a vida entre a infância e a velhice (melhor idade hoje em dia).
By Ana Sieber
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